A ADFERSIT
realizou, nas passadas quinta e sexta-feira, o seu 10º Congresso
subordinado ao tema 'Transportes e Sustentabilidade', evento que teve
lugar na Feira Internacional de Lisboa. Com uma vasta plateia de
espectadores, que tiveram possibilidade de interrogar os intrvenientes
diretos, o Congresso voltou a ser um sucesso assumindo-se cada vez mais
como um dos eventos mais aguardados do ano neste setor.
Os paineis foram diversos, abordando várias temáticas no que toca a transporte de passageiros e de mercadorias. Entre eles, destaque para a Sessão E, a última deste 10º Congresso, que abordou as Plataformas Portuárias, tendo como oradores José Luís Cacho (em representação da APP), Eduardo Pimentel (TERTIR), Marco Vale (MSC) e Aires São Pedro (CP CARGA) e contando com a excelente e crítica moderação de Camilo Lourenço.
O painel de oradores foi unânime na resposta à pergunta que deu nome à mesa redonda ("Pode Portugal Competir no comércio global?"), considerando que o nosso país não só pode como tem necessidade de o fazer tendo em conta, sobretudo, o fraco mercado interno.
O primeiro a intervir foi Eduardo Pimentel que, em resposta à pergunta que deu nome ao painel, lembrou que "os portos são infra-estruturas caras e por isso precisam de escala, algo que não temos em Portugal". Vincando a importância do nosso sistema portuário "funcionar como um todo de forma a poder competir com os portos espanhóis", Eduardo Pimentel apontou depois o dedo ao que considera ser um dos principais problemas do sistema portuário nacional que passa pelo número exagerado de terminais existentes a movimentar pouca carga: "Lisboa e Setúbal movimentam cerca de 500 mil TEU's por ano, o que é muito pouco. E para esses 500 mil TEU's temos 4 terminais, o que não é sustentável. Deveríamos ter no máximo três terminais de contentores em todo o país: um no norte, um em Lisboa e o terminal de Sines".
Os paineis foram diversos, abordando várias temáticas no que toca a transporte de passageiros e de mercadorias. Entre eles, destaque para a Sessão E, a última deste 10º Congresso, que abordou as Plataformas Portuárias, tendo como oradores José Luís Cacho (em representação da APP), Eduardo Pimentel (TERTIR), Marco Vale (MSC) e Aires São Pedro (CP CARGA) e contando com a excelente e crítica moderação de Camilo Lourenço.
O painel de oradores foi unânime na resposta à pergunta que deu nome à mesa redonda ("Pode Portugal Competir no comércio global?"), considerando que o nosso país não só pode como tem necessidade de o fazer tendo em conta, sobretudo, o fraco mercado interno.
O primeiro a intervir foi Eduardo Pimentel que, em resposta à pergunta que deu nome ao painel, lembrou que "os portos são infra-estruturas caras e por isso precisam de escala, algo que não temos em Portugal". Vincando a importância do nosso sistema portuário "funcionar como um todo de forma a poder competir com os portos espanhóis", Eduardo Pimentel apontou depois o dedo ao que considera ser um dos principais problemas do sistema portuário nacional que passa pelo número exagerado de terminais existentes a movimentar pouca carga: "Lisboa e Setúbal movimentam cerca de 500 mil TEU's por ano, o que é muito pouco. E para esses 500 mil TEU's temos 4 terminais, o que não é sustentável. Deveríamos ter no máximo três terminais de contentores em todo o país: um no norte, um em Lisboa e o terminal de Sines".
Marco Vale centrou a sua intervenção nos fatores que levam determinado armador a escolher um porto, enumerando três que considera "essenciais": "A questão geográfica e a rede global em que está inserido; A capacidade do porto para captar carga e para o qual é necessário ter boas ligações ferroviárias e rodoviárias; O custo do porto, a qualidade do serviço e a qualidade das infra-estruturas".
Marcando presença nesta mesa redonda enquanto presidente da Associação dos Portos de Portugal (APP), José Luís Cacho começou por lembrar que nos dias de hoje "o conceito de porto vai muito além de um simples local de carga e descarga de mercadorias", realçando ainda que "se há setor que está bem em Portugal é o portuário". Posteriormente focou-se no que considera serem os principais problemas do sistema portuário nacional: "A questão da mão-de-obra da operação portuária que representa grande fatia da estrutura de custos. Esse é o grande salto que temos que dar para melhorar a competitividade dos portos"; "A falta de concorrência também tem afetado regularmente os portos nacionais, que quase só contam com dois grupos a marcar presença em todos eles: Grupo ETE e o Grupo Mota-Engil"; "As ligações ferroviárias são outro problema importante. Melhorámos nos últimos anos mas ainda há muito a fazer".
O último a intervir foi Aires São Pedro. O representante da CP Carga, que fugiu às pequenas provocações sobre a futura privatização da empresa, vincou que "a CP Carga aposta estrategicamente na integração logística marítimo-portuária com os portos a terem um papel essencial na criação de negócios da empresa", tendo vindo a "aumentar a sua influência e as suas atividades nos portos nacionais, sendo o porto de Sines o mais importante". Sobre as falhas do sistema, Aires São Pedro destacou que têm sido trabalhados pela CP Carga junto das várias administrações portuárias, nomeadamente no que diz respeito ao "layout portuário" e às "ligações ferroviárias existentes"
Por fim, Aires São Pedro mostrou-se otimista de que a "CP Carga tem condições para se assumir como operador ferroviário de referência na Europa", lamentando, porém, os "condicionamentos existentes, nomeadamente em termos de carga".
Fonte: cargo
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