O navio tanque “Harbour Krystal”, com
bandeira das Bahamas, 116 metros de comprimento e 18 tripulantes a bordo
sofreu hoje uma explosão, pelas 08h12, quando se encontrava a navegar a
13 milhas a sudoeste do Cabo Espichel transportando uma carga de oito
mil toneladas de nafta (um derivado do petróleo). Registado na zona de
proa do navio, o acidente provocou a deflagração de um incêndio e danos
na estrutura do navio, tendo sido dado como desaparecido um elemento da
tripulação, de nacionalidade filipina.
Alertado às 08h34, o Centro de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC Lisboa)
assumiu de imediato a coordenação das ações de apoio e de busca e
salvamento, tendo sido empenhados na missão a Corveta Jacinto Cândido,
um salva-vidas da estação salva-vidas de Sesimbra e um Helicóptero EH
101 Merlin da Força Aérea Portuguesa, bem como dois navios mercantes que
se encontravam nas proximidades. Simultaneamente foi lançado o alerta a
toda a navegação na área.
O
incêndio foi extinto e o risco de acidente ambiental é mínimo, no
entanto, continuam as operações de busca e salvamento do elemento da
guarnição desaparecido. O navio não tem, para já, autorização de entrada
no Mar Territorial Português e o envio de equipas da Direção Geral dos
Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) e da
Direção-Geral da Autoridade Maritima (DGAM) estão dependentes da
declaração de intenção ou necessidade por parte do comandante ou armador
em demandar um porto nacional.
O esforço de busca realizado pelos meios envolvidos até ao final do dia
de hoje permitiu cobrir, em 10 horas, uma área superior a 1946 Km2 sem
que tenha sido possível encontrar o elemento da guarnição desaparecido.
Permanecem, no entanto, dúvidas por parte da guarnição do “Harbour
Krystal”, relativas à possibilidade da vítima se encontrar a bordo,
dentro de algum compartimento inacessível devido à explosão. As
operações de busca foram suspensas sendo, todavia, retomadas caso surjam
indícios que o justifiquem.
A situação do navio está normalizada, o risco de acidente ambiental
continua reduzido, mantendo-se a Corveta Jacinto Cândido na proximidade
do navio, pronta para prestar auxílio em caso de necessidade.
Conforme pretensão do Armador, o navio foi já autorizado pelo Capitão do
Porto de Sines a entrar em águas territoriais portuguesas e a demandar o
porto de Sines, estando a autorização de entrada sujeita à visita de
entrada e vistoria técnica a efetuar por um perito da capitania. A
entrada em Sines terá como objetivo a descarga das oito mil toneladas de
crude, permitindo numa fase posterior a entrada em Setúbal onde
efetuará a reparação dos danos.
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