4 de março de 2013

Concessionárias desconhecem mudanças no porto de Lisboa


As empresas concessionárias dos terminais de mercadorias que serão transferidos do porto de Lisboa ainda não terão conhecimento oficial dos planos do Governo para o local, apurou o TRANSPORTES & NEGÓCIOS. Foi há pouco mais de uma semana que o ministro da Economia apresentou o novo plano estratégico de desenvolvimento do porto de Lisboa, que contempla, entre outras intervenções de vulto, a retirada de todos os terminais de movimentação de mercadorias entre Santa Apolónia e a zona da Expo. Ao que o TRANSPORTES & NEGÓCIOS apurou junto de responsáveis de vários dos terminais abrangidos pelas mudanças projectadas, as concessionárias não terão tido conhecimento prévio dos planos anunciados pelo Governo.
Do mesmo modo, as fontes contactadas desconhecem a existência de qualquer negociação, ou sequer o seu agendamento, para tratar do futuro dos terminais, cujas concessões se estendem ainda até 2020 ou mesmo além. “Aguardo para saber o que querem”, disse um dos dirigentes.
 As infra-estruturas a desactivar, foi dito na altura, deverão ser transferidas para a margem esquerda do Tejo, para o Barreiro ou para Almada, ou mesmo para Setúbal. Uma ideia que não agrada.

“Não é a mesma coisa. Onde estão as cargas? Se se quer reduzir os custos, porque é que se vai aumentar o número de movimentos das cargas?”, questionam, uma vez que a maioria das cargas movimentadas no porto da capital tem origem/destino a norte da capital.

O plano anunciado pelo Governo é para ser executado até 2020. Na zona entre Santa Apolónia e a Expo concentram-se o terminal de contentores de Santa Apolónia (Sotagus), multiusos do Beato (TMB), de granéis alimentares do Beato (Silopor), multiusos do Poço do Bispo (ETE) e multipurpose de Lisboa (Transinsular).

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