16 de julho de 2010

O QUE FAZER DOS PROVÉRBIOS?

Através da sabedoria popular, chegaram até nós pensamentos filosóficos, formatados em poucas e rimadas sílabas, a que chamamos provérbios ou ditados populares. Na wikipédia o significado é: “sentença de carácter prático e popular, que expressa de forma sucinta uma ideia ou um pensamento”. O significado de cada provérbio pretende encerrar uma inolvidável verdade. Esta “verdade” é então promovida a uma expressão máxima e repetida, sem conta, em rifão.
Ao longo dos séculos, de geração em geração, traduzidos em centenas de línguas diferentes, os provérbios populares chegaram até nós. Em cada região, faz parte da literacia social, e ninguém ousa destituir o seu carácter universalista. São como sombras refrescantes onde se refugiam ricos e pobres, velhos e novos de todas as classes sociais
Terão os provérbios cumprido, para o ser e no tempo, um papel educativo, formativo e criativo? Ou alimentaram apenas o sonho que o homem deve ser perfeito e coerente com a ideologia dominante de cada sociedade? A sociedade ensina-nos: escolhe o que é conveniente, o que é confortável, escolhe o caminho bem marcado por onde caminharam os teus antepassados e os antepassados deles, desde Adão e Eva. Isso é uma prova – milhões de pessoas passaram por esse caminho – não te podes enganar...
Quando o terreno do lavrador é lavrado e fresado, inicia o camponês uma nova cultura e as novas plantas hão-de produzir novas sementes. Há-de chover e outras tarefas se farão para garantir uma boa produção. Na natureza estamos habituados à mudança e aos constantes ciclos que fazem crescer ou anunciam um final de vida. Não deveriam ser estes homens da terra e da agricultura os mais progressistas e os mais ecologistas?
Para a amizade florescer na Terra não podemos continuar a ver as coisas com um olhar antigo ou aceitando a imposição de valores. Estes devem crescer com a nossa consciência, plenamente livres e criativos.
Do livro:”Perguntas às suas Respostas”, escrito por Osho e editado pela Pergaminho, podemos ler, na página 114, o seguinte: “A regra de ouro da vida é que não existem regras de ouro. Não podem existir. A vida é tão vasta, tão imensa, tão estranha, misteriosa, não pode ser reduzida a uma regra ou máxima. Todas as máximas são insuficientes, são demasiado pequenas; elas não podem conter a vida e as suas energias vivas. É por isso que é importante a regra de ouro que diz que não existem regras de ouro. Um ser humano autêntico não vive segundo regras, máximas, mandamentos. O ser humano autêntico simplesmente vive”.
Desafio os visitantes deste blogue, a criar um, dois ou três provérbios, e se forem muito engraçados e genuínos, poderão se tornar notáveis e, quem sabe, um dia ganharem asas…
Para dar o exemplo deixo entre aspas o meu provérbio de hoje: “Escolhe uma zona de sombra para viveres, mas não vivas numa zona sombria”.
Até breve. Um abraço amigo.

1 comentário:

estivador25 disse...

Fica aqui um proverbio que tambem se aplica aos passarinhos...Quando um homem pedir de comer porque tem fome, não lhe dês um peixe...ensina-o a pescar!