29 de janeiro de 2014

Portos pedem consenso na definição do investimento

A Associação dos Portos de Portugal (APP) desejou hoje que a discussão pública do relatório do grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor permita chegar a "consenso" e garantir "longevidade" nas prioridades de investimento público.
"É fundamental que, como se passa em outros países, se chegue a consenso e se garanta longevidade nas prioridades de investimento a longo prazo, independentemente dos ciclos políticos", afirmou o presidente da APP, em mensagem escrita à agência Lusa.
No entender de Vítor Caldeirinha, as "necessidades de investimento do setor portuário até 2020" estão "espelhadas" no documento apresentado ao Governo na segunda-feira, que aponta os portos e a ferrovia como prioridades.O setor dos transportes marítimos, admitiu o também presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, "deve passar a ser aposta nacional na orientação de Portugal para o mar, como já aconteceu noutros países vizinhos".

"Os portos portugueses têm um grande número de pequenos e médios investimentos que são fundamentais para a melhoria da capacidade e da eficiência com incidências na competitividade do país. Com pouco investimento, o impacto no país pode ser enorme", reforçou.
O relatório do grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor entra na quarta-feira em discussão pública e define 30 projetos prioritários a nível nacional, entre os quais se destacam a expansão do porto de Sines, a construção de um terminal de águas profundas em Lisboa e a modernização da linha do norte, refere a imprensa de hoje.
A conclusão do túnel do Marão e a abertura de um novo terminal de carga no aeroporto de Lisboa são outros dos projetos escolhidos entre uma lista prévia de 238 potenciais investimentos indicados pelo Governo.
Os projetos definidos como prioritários para os próximos seis anos envolvem um investimento global superior a cinco mil milhões de euros, sendo que 18 das obras estão ligadas ao setor marítimo, oito ao ferroviário, duas ao rodoviário e outras duas ao aeroportuário.
Vítor Caldeirinha evidenciou a particularidade de as conclusões terem resultado de um "trabalho conjunto realizado por muitas entidades", durante o qual "as empresas e a economia real" foram "chamadas a definir os investimentos estratégicos em transportes de forma consensual e alargada".

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