A
melhoria das acessibilidades marítimas, classificada como prioridade
n.º 4 entre os projectos eleitos pelo GTIEVA, deverá permitir a
Setúbal receber e operar navios de média dimensão Panamax, sublinha
a administração portuária.
A
obra, com um custo estimado de 25 milhões de euros, permitirá a
escala de navios “com 13 metros de calado em qualquer maré”,
“permitindo manter a posição do porto no mercado shortsea de
contentores e deepsea ro-ro e carga fraccionada”, acrescenta a APSS.
A
propósito, a Administração liderada por Vítor Caldeirinha relembra a
capacidade já instalada no porto, em particular no Multiusos Zona 2,
actualmente com capacidade para movimentar 250 mil TEU/ano e só
utilizada em 25%, mas podendo chegar aos 650 mil TEU/ano mediante a
instalação de mais pórticos.
Para
avançar quase de imediato é a expansão do terminal ro-ro, também
eleito pelo GTIEVA (em 18.º lugar). A obra, de 3,5 milhões de euros,
permitirá ganhar 5,8 hectares de terrapleno, para onde a APSS prevê
“um hub automóvel, de crosstrade intercontinental na ligação entre
as rotas do Atlântico, África, Ásia e Mediterrâneo, e de
distribuição de veículos para Portugal e Espanha até Madrid”.
A
estes dois projectos Setúbal quer acrescentar a melhoria as
acessibilidades ferroviárias aos terminais. Só o projecto de ligação
à Mitrena, em estudo, representará um “potencial para aumentar o
movimento nacional anual de cargas por ferrovia até dois milhões de
toneladas, isto é, mais 20% do total actual”, sublinha a APSS.

O
grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor já entregou o
relatório ao Governo, onde defende que a construção e expansão de
portos e de ferrovias são as prioridades para o investimento em obras
públicas até 2020..jpg)


Ao
que parece a decisão do Governo eliminar integralmente a denominada TUP
Carga mereceu o aplauso generalizado de todos os intervenientes na
cadeia do transporte marítimo de mercadorias. Isto porque, estas para
acederem aos navios têm que passar pelos portos e no desiderato da
promessa de baixar a fatura portuária se acha que esta medida contribui,
decisivamente, para o efeito.







No
ano de 2013, o porto de Leixões registou um crescimento de 3,4% nas
mercadorias movimentadas, face a 2012, fechando o ano com um novo máximo
de 17,2 milhões de toneladas. O destaque vai para o aumento nos Granéis
Líquidos (+11%) e da carga Ro-Ro, que cresceu mais de quatro vezes. 







O
porto de Valência deverá registar uma quebra de 3,5% na movimentação de
contentores anual. A confirmar-se, será a primeira vez que o segmento
cai em Valência desde 1991 e poderá levar à perda da liderança no que
toca a movimentação de contentores em portos do Mediterrâneo. Foi o
próprio presidente da Autoridade Portuária de Valência, Rafael Aznar,
quem antecipou os números. 


